O Goldman Sachs e o Bank of America, dois dos grandes bancos americanos que publicaram balanços na terça-feira após a salva de resultados do setor na semana passada, descreveram uma perspectiva mista em termos de faturamento e lucros.
Após as boas notícias para o setor na semana passada, o Goldman Sachs, atingido por uma queda nos resultados de seu banco comercial e corretagem no primeiro trimestre, reportou um corte na receita e nos lucros.
As receitas provenientes da atividade de assessoria a empresas em operações de fusão e aquisição, abertura de capital ou capitalização, caíram 26% no trimestre face a igual período do ano anterior, fruto da prudência demonstrada pelas sociedades antes de se lançarem neste tipo de movimentos, detalha a entidade em uma declaração.
Em mercados particularmente voláteis, as receitas de corretagem também caíram, tanto no lado dos títulos quanto na negociação de moedas/commodities (-17% combinados), bem como no mercado de ações (-7%).
As atividades de gestão de ativos e fortunas tiveram bons resultados com aumento de 24% nas vendas.
Assim, seu faturamento global caiu 5% para 12,2 bilhões de dólares no trimestre, ainda abaixo do esperado pelos analistas. Seu lucro líquido caiu 19%, para US$ 3,1 bilhões.
É o caso do Bank of America, que seguiu a tendência geral, com resultados acima do esperado pelo mercado.
O segundo banco dos Estados Unidos em volume de ativos registrou um aumento de 13% para 26,3 bilhões de dólares em suas receitas, graças em parte a um aumento de 25% em sua receita líquida de juros (a diferença entre os juros que o banco cobra pelos empréstimos aos clientes e quanto paga aos poupadores).
Seu lucro líquido totalizou assim 7,7 bilhões de dólares, 16% acima do primeiro trimestre de 2022.
O Bank of America fechou em alta de 0,63% em Wall Street, enquanto o Goldman Sachs perdeu 1,70%.
Na passada sexta-feira, quatro dos maiores bancos dos Estados Unidos apresentaram resultados saudáveis no primeiro trimestre do ano, nomeadamente devido ao aumento das taxas de juro, sem terem sido demasiado afetados pela recente turbulência financeira.
Entre os principais estão JPMorgan, Citigroup, Wells Fargo e PNC, que se beneficiaram justamente da forte alta dos juros que o Fed promove há um ano para combater a inflação.
O faturamento do JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos em volume de ativos, aumentou 25% para um recorde no primeiro trimestre. E o do Citigroup, terceiro banco do país, aumentou 12%.
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