Combate à Sonegação: Receita Federal Identifica Crescimento das Stablecoins


                                                                                                                                      

Nos últimos anos, o uso de criptoativos tem crescido vertiginosamente, e a Receita Federal está acompanhando de perto essa tendência. Especificamente, as stablecoins, ou moedas estáveis, têm ganhado destaque. Ao contrário de outros criptoativos, elas mantêm paridade com moedas fiduciárias, cestas de moedas ou outros ativos, tornando-as mais estáveis em valor e ampliando seu uso como meio de pagamento.

## O Crescimento das Stablecoins

Levantamentos da Receita Federal, realizados mensalmente desde 2019, indicam um crescimento significativo no uso de stablecoins. No Brasil, as mais negociadas são o Tether (USDT) e o USD Coin (USDC), ambas com paridade com o dólar americano, além do BRZ, que tem sua paridade vinculada ao real brasileiro.

O Tether se destaca no cenário global, sendo negociado em um patamar acumulado superior a R$ 271 bilhões, quase o dobro do volume do Bitcoin no mesmo período, que foi de mais de R$ 151 bilhões.

## Mudança no Perfil de Transações

A análise de dados públicos revela uma mudança significativa no perfil das transações envolvendo criptomoedas nos últimos anos. A negociação de Bitcoin e outras criptomoedas foi superada em larga escala pela movimentação de stablecoins, como o Tether.

Essa mudança merece atenção, pois pode ter implicações significativas no cenário tributário e regulatório das criptomoedas no país.

## O Alerta do Fundo Monetário Internacional

Em um artigo recente publicado em seu blog, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que as stablecoins podem "substituir moedas nacionais e impactar políticas fiscais e monetárias dos países, especialmente em economias em desenvolvimento."

## Ferramentas da Receita Federal

Para acompanhar e fiscalizar as atividades de criptoativos, a Receita Federal utiliza um sistema de análise completo. Esse sistema é capaz de detectar transações suspeitas, manipulando grandes volumes de dados e informações.

Por meio dessas ferramentas, a Receita Federal pode rastrear onde estão sendo realizadas as negociações, incluindo as localizações das pessoas físicas que compram e vendem criptomoedas.

O sistema da Receita Federal faz uso de técnicas avançadas de processamento de dados, inteligência artificial e análise de redes complexas. Recentemente, essa ferramenta foi aprimorada para representar relacionamentos entre operadores, facilitando a detecção de irregularidades tributárias.

## Conclusão

O crescimento vertiginoso das stablecoins chama a atenção da Receita Federal e do FMI, que alerta para as possíveis implicações no cenário econômico global. À medida que essas moedas estáveis ganham espaço, é fundamental que as autoridades tributárias e reguladoras estejam preparadas para lidar com esse novo cenário.

### FAQs

1. O que são stablecoins?
Stablecoins são criptoativos que mantêm paridade com moedas fiduciárias ou outros ativos, tornando-as mais estáveis em valor.

2. Como a Receita Federal monitora as transações de criptoativos?
A Receita Federal utiliza um sistema de análise avançado que rastreia transações suspeitas e localiza operadores de criptoativos.

3. Qual é a stablecoin mais negociada no Brasil?
As stablecoins mais negociadas no Brasil são o Tether (USDT) e o USD Coin (USDC).

4. Qual é a preocupação do FMI em relação às stablecoins?
O FMI alerta que as stablecoins podem substituir moedas nacionais e impactar as políticas fiscais e monetárias dos países.

5. Como as stablecoins podem afetar o cenário tributário e regulatório das criptomoedas?
O crescimento das stablecoins pode ter implicações significativas no cenário tributário e regulatório das criptomoedas, exigindo uma adaptação das autoridades para lidar com essa mudança.


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