Produtores dos Estados Unidos vão plantar mais milho, diz USDA, mas atrasos são possíveis

(Reuters)

Mas as condições adversas para semeadura provavelmente reduzirão a expansão em alguns estados do norte dos EUA, já que a neve pesada e os solos frios e encharcados podem atrasar o trabalho de campo na primavera do Hemisfério Norte, disseram analistas.

A oferta global de grãos caiu para mínimas de quase uma década após a invasão russa da Ucrânia, grande fornecedora, de modo que safras maiores em outros países, como os Estados Unidos, são necessárias para repor os estoques e conter a inflação de alimentos.

Os agricultores dos Estados Unidos devem plantar 92 milhões de acres neste ano (37,23 milhões de hectares), estimou o USDA, com uma projeção que supera as expectativas do mercado e os 88,579 milhões de acres cultivados em 2022 (35,85 mi ha).

Analistas ouvidos em pesquisa da Reuters estimavam o plantio do cereal em 90,88 milhões de acres (36,78 mi ha). Já os especialistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam uma área ainda menor, de 90,849 milhões de acres (36,77 mi ha).

O relatório de intenção de plantio desta sexta-feira é o primeiro do ano baseado em pesquisas junto a produtores. O aumento esperado na área de milho se deve em parte aos custos mais baixos de insumos como fertilizantes nitrogenados, cujo consumo é bastante alto nas lavouras do cereal.

Estoques
Em um relatório trimestral de estoques de grãos também divulgado nesta sexta-feira, a agência afirmou que as reservas norte-americanas de milho atingiram uma mínima de nove anos.

Segundo o USDA, o volume de milho armazenado dentro e fora das fazendas chegou a 7,4 bilhões de bushels, versus projeção de 7,47 bilhões pelos analistas e 7,758 bilhões um ano antes.

Karl Plume
Com informações adicionais Dow Jones Newswires


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